Caro Amigo,

Eu estou escrevendo porque estava precisando falar com alguém e decidi escrever para você. Precisava ser ouvido pelo menos, nesse momento, por alguém que não me achasse um completo estranho. Hoje não sei por quê, mas não me sinto bem. Sinto como se aos poucos eu fosse desaparecendo, me tornando invisível, ficando sozinho. Comecei a ver o mundo ao meu redor, as pessoas com quem convivi nesses 5 anos, as coisas que compartilhamos, e não sei por que, sinto como se essas trocas não tivessem sido importantes. Sinto que ao partir, nada vai ficar para ser guardado, lembrado. E isso me machuca, me deixa vazio. Cheguei em casa, decidi ver um filme. Em momentos como esse que estou agora, fujo para esses mundos fictícios que em certos pontos são semelhantes à minha vida e que me inspiram. Escrever essa carta foi inspiração desse filme. A sim, o filme é As vantagens de ser invisível. Queria relembrar a história. Algo me dizia que era o filme que eu precisava ver. E foi a escolha perfeita. Consegui ver as coisas que eu gostaria de ter alcançado. A principal? Uma amizade como a de Charlie, Sam e Patrick. Talvez assim não me sentiria tão só. Não me contive na cena do baile onde os três dançam, e também na cena do brinde ao Charlie. “Não pensei que alguém reparasse em mim”. Como queria dizer essa frase atualmente. Uma coisa excelente desse filme meu amigo é a quantidade de frases que mexem com você. E também as músicas, colocadas nos pontos certos. Sabe, tem momentos do dia que eu só queria “me sentir infinito”, transbordando de emoção com esses amigos. Acho que a dificuldade em encontrar esses tipos de amigos é que eles têm que ser tão ferrados quanto a gente. Espero não estar lhe aborrecendo, espero que entenda a minha necessidade em falar isso, em escrever para você. Cada vez que penso em como anda minha vida, eu fico pior. Mas graças a você meu amigo, hoje posso dormir um pouco melhor. Obrigado por me ouvir.

                                                                                                                                                 Com amor,

                                                                                                                                                      Gangrel



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