Sonhos engavetados, amores congelados...
Eu sumi, né?
Bem, se alguém me perguntasse o que ando fazendo da vida eu seria obrigada a responder: "fugindo..."
Lamento informar, mas infelizmente é literalmente o que eu tenho feito, fugir!
Guardei todos os meus sonhos na caixinha de lembranças e coloquei na prateleira mais alta da estante. Tipo, ta ali guardado, mas eu não remexo muito, então não precisa ficar tão "acessível".
E aí saio enchendo de outras coisas quaisquer ao meu redor, criando uma ordem, uma falsa ideia de "cheio e organizado", quando na verdade é só uma camuflagem do vazio.
Todo mundo(eu espero, pelo menos) tem aquela peça de roupa que nunca usa, aquela música na playlist que nunca deixa tocar, aquela foto que nunca postou, não vai usar mas também não quer apagar...
Eu faço isso, o problema é que eu faço muito isso, e pior, eu faço isso com possibilidades, me agarro a elas enquanto existem mesmo não as usando, ou as usando errado... Peguei uma mania cruel de procrastinar a minha vida, de praticar autosabotagem...
Insegurança!
Imagine que você precisa andar por uma longa estrada de isopor usando um salto agulha, você não pode tirar os sapatos, não pode danificar a estrada e tem que manter a cabeça erguida e a leveza do corpo... Como você faz?
Você eu não sei, aliás, nem eu! Estou parada, imóvel, e sem apoiar o meu peso nos calcanhares... Mas quer saber? Estou cansando, é desgastante tentar fazer tudo enquanto você não faz nada...
Até ler, eu tenho lido pouco.
Amado pouco.
Sentido pouco.
Me entregado pouco.
Vivido pouco.
A história do livro acaba, os sentimentos machucam, a entrega não é recíproca e a vida te espanca, de novo e de novo...
Por que estou aqui?
Digamos que estou tentando desapegar de algumas dessas manias, e de alguns desses "entulhos", sabe? Cortar o cabelo, reduzir o guarda-roupa, liberar espaço na memória do meu celular, e se vacilar até no coração...
Virei uma sequência divergente, que vai pra todo lugar e não chega em lugar nenhum...
A liberdade é uma amiga bipolar, e ela tem duas irmãs, a solidão e a responsabilidade, elas são trigêmeas e quase sempre andam juntas, se você não sabe lidar com as irmãs da liberdade, talvez seja melhor que nem a conheça...
Basicamente, são necessárias duas coisas para viver bem: liberdade e segurança.
Mas estes se contradizem, quanto mais liberdade menos segurança, quanto mais segurança menos liberdade...
Sinceramente, acho que a prioridade muda com a idade, ou talvez com a maturidade, depende daquilo que você viveu, do que você tem e do que você deseja ter... Anseios, momentâneas talvez, mas verdadeiros e extremamente profundos.
Por isso alguns se divorciam antes de um ano de casados, por isso algumas pessoas casam com o primeiro namorado, por isso alguns se dedicam aos estudos e alguns começam a trabalhar cedo... Mas não se engane, sempre haverá alguns "se matando" e fazendo os dois, ou tentando... Não posso esquecer de citar os que se contentaram a apenas existir, os que de algum modo "fracassaram" nos dois lados da moeda e agora assiste a vida passar.
Cada um é autor da própria história, embora o destino já tenha se encarregado de iniciar, te dando nome, família, época e lugar. Ele também já enumerou os capítulos, e as páginas do livro, mas deixou a caneta para você preencher as páginas vazias...
Sua única certeza? O livro acaba, a história termina.
Os personagens existem e farão parte dela, mas você é quem decide o que faz com cada um deles...
O que você quer escre(VI)VER?
Bem, se alguém me perguntasse o que ando fazendo da vida eu seria obrigada a responder: "fugindo..."
Lamento informar, mas infelizmente é literalmente o que eu tenho feito, fugir!
Guardei todos os meus sonhos na caixinha de lembranças e coloquei na prateleira mais alta da estante. Tipo, ta ali guardado, mas eu não remexo muito, então não precisa ficar tão "acessível".
E aí saio enchendo de outras coisas quaisquer ao meu redor, criando uma ordem, uma falsa ideia de "cheio e organizado", quando na verdade é só uma camuflagem do vazio.
Todo mundo(eu espero, pelo menos) tem aquela peça de roupa que nunca usa, aquela música na playlist que nunca deixa tocar, aquela foto que nunca postou, não vai usar mas também não quer apagar...
Eu faço isso, o problema é que eu faço muito isso, e pior, eu faço isso com possibilidades, me agarro a elas enquanto existem mesmo não as usando, ou as usando errado... Peguei uma mania cruel de procrastinar a minha vida, de praticar autosabotagem...
Insegurança!
Imagine que você precisa andar por uma longa estrada de isopor usando um salto agulha, você não pode tirar os sapatos, não pode danificar a estrada e tem que manter a cabeça erguida e a leveza do corpo... Como você faz?
Você eu não sei, aliás, nem eu! Estou parada, imóvel, e sem apoiar o meu peso nos calcanhares... Mas quer saber? Estou cansando, é desgastante tentar fazer tudo enquanto você não faz nada...
Até ler, eu tenho lido pouco.
Amado pouco.
Sentido pouco.
Me entregado pouco.
Vivido pouco.
A história do livro acaba, os sentimentos machucam, a entrega não é recíproca e a vida te espanca, de novo e de novo...
Por que estou aqui?
Digamos que estou tentando desapegar de algumas dessas manias, e de alguns desses "entulhos", sabe? Cortar o cabelo, reduzir o guarda-roupa, liberar espaço na memória do meu celular, e se vacilar até no coração...
Virei uma sequência divergente, que vai pra todo lugar e não chega em lugar nenhum...
A liberdade é uma amiga bipolar, e ela tem duas irmãs, a solidão e a responsabilidade, elas são trigêmeas e quase sempre andam juntas, se você não sabe lidar com as irmãs da liberdade, talvez seja melhor que nem a conheça...
Basicamente, são necessárias duas coisas para viver bem: liberdade e segurança.
Mas estes se contradizem, quanto mais liberdade menos segurança, quanto mais segurança menos liberdade...
Sinceramente, acho que a prioridade muda com a idade, ou talvez com a maturidade, depende daquilo que você viveu, do que você tem e do que você deseja ter... Anseios, momentâneas talvez, mas verdadeiros e extremamente profundos.
Por isso alguns se divorciam antes de um ano de casados, por isso algumas pessoas casam com o primeiro namorado, por isso alguns se dedicam aos estudos e alguns começam a trabalhar cedo... Mas não se engane, sempre haverá alguns "se matando" e fazendo os dois, ou tentando... Não posso esquecer de citar os que se contentaram a apenas existir, os que de algum modo "fracassaram" nos dois lados da moeda e agora assiste a vida passar.
Cada um é autor da própria história, embora o destino já tenha se encarregado de iniciar, te dando nome, família, época e lugar. Ele também já enumerou os capítulos, e as páginas do livro, mas deixou a caneta para você preencher as páginas vazias...
Sua única certeza? O livro acaba, a história termina.
Os personagens existem e farão parte dela, mas você é quem decide o que faz com cada um deles...
O que você quer escre(VI)VER?
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